quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Início de tudo - continuação

O programa de recuperação "Os Doze Passos de Alcoólicos Anônimos" é um programa sugerido que hoje se estende a praticamente todas dependências químicas Foi criado em 1935, na cidade de Akron, Ohio, Estados Unidos, por William Griffith Wilson e Doutor Bob Smith conhecidos como Bill W e Dr. Bob pela irmandade de Alcoólicos Anônimos. Bill W. teve inspiração em 3 episódios marcantes nos primeiros dias de sobriedade. Os grupos Oxfod, o Dr. William Ducan Silkworth e a influência literaria-"Variedades da experiência religiosa"  do psicólogo William James. O Dr. Silkworth diagnosticava que Bill W. era portador de uma "alergia física aliada a uma obsessão compulsiva"
William James:
"As experiências espirituais poderiam ter realidade objetiva, quase do mesmo modo como as dádivas do céu poderiam transformar as pessoas. Algumas eram, de repente, iluminações brilhantes, outras vinham muito gradativamente. Algumas nasciam de fontes religiosas, outras não. Mas quase todas tinham denominadores comuns de dor, sofrimento e calamidade. Total desespero e fundo de poço eram quase sempre necessários para se chegar à aceitação".(Alcoólicos Anônimos Atinge a Maioridade; primeira edição, 1985 pg 58)
O grupo Oxford, já trabalhava com seis princípios na recuperação de alcoólatras, princípios  que Ebby vinha praticando e que, posteriormente, relatou ao seu amigo de bebedeiras Bill W.  
  1. Admitimos que somos impotentes.
  2. Seremos honestos conosco mesmo
  3. Falaremos sobre isso com outra pessoa.
  4. Faremos reparações a quem prejudicamos.
  5. Levaremos essa mensagem a outro de graça.
  6. Oramos a um Deus conforme nós O entendemos.
Finalizando o programa de Doze Passos de Alcoólicos Anônimos, Bill relata:
  Comecei a escrever numa bandeja amarela, destas bem baratas. Eu dividi o nosso programa verbal em pedaços menores, enquanto aumentava consideravelmente suas metas. Sem inspiração, como eu me sentia, fiquei surpreso em reunir em um curto espaço de tempo, talvez uma meia hora, um certo número de princípios, que ao serem contados, mostraram serem doze. E por alguma razão inescrutável, eu havia movimentado a idéia de Deus para o segundo Passo, bem lá na frente. Alem disso, eu citei Deus de forma muito liberal no meio dos demais Passos. Em um deles, eu até sugeri que o ingressante ficasse de joelhos.
Quando este documento foi mostrado na nossa reunião de Nova Iorque, os protestos foram muitos e ruidosos. Nossos amigos agnósticos não aceitaram de modo algum a idéia de se ajoelhar. Outros disseram que estávamos falando demais em Deus. E de qualquer forma, porque Doze Passos, se nós só havíamos feito 5 ou 6? Vamos deixar isto continuar simples, disseram eles.
Este tipo de discussão acalorada durou dias e noites. Mas dela resultou um gol para Alcoólicos Anônimos. Nosso contingente agnóstico, representado por Hank P. e Jim B., finalmente nos convenceu de que deveríamos facilitar as coisas para pessoas como eles, usando termos como um “Poder Superior” ou “Deus como o concebemos”. Estas expressões, que nós hoje conhecemos tão bem, demonstraram serem salvadoras da vida de muitos alcoólicos. Elas permitiram que milhares de nós iniciássemos um programa, que não seria possível começar se tivéssemos deixado os Passos como eu os escrevi originalmente. Felizmente não houve mais outras mudanças no esboço original e o número de Passos continua sendo doze. Não podíamos imaginar que nossos 12 Passos fossem tão rápida e universalmente aprovados por clérigos de todas as religiões e até por nossos futuros amigos, os psiquiatras.
Este pequeno fragmento de história deverá convencer até os mais céticos, que ninguém inventou Alcoólicos Anônimos.
AA apenas cresceu – pela graça de Deus.
Os Doze Passos de Alcoólicos Anônimos:
  1.   Admitimos que éramos impotentes perante ao álcool e que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
  2. Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos a sanidade.
  3. Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.
  4. Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
  5. Admitimos , perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
  6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
  7. Humildemente, rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
  8. Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
  9. Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazè-las significasse prejudicá-las ou a outrem.
  10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
  11. Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade.
  12. Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
referência: Um Fragmento da História: A origem dos Doze Passos - Bill W. Julho de 1953 



Dr. Silkworth


William James
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